sábado, 14 de novembro de 2009

Crônica


Jardim de Jasmim

A cidade grande tem sua vantagens, muitas pessoas diferentes, diversidade cultural,ela nunca dorme.
Mas quando estava andando pela avenida mais movimentada, no meio de tantas pessoas passando, prédios, sentei em um banco ,e do lado tinha um vaso, e nele uma flor , a mais linda que já vi em toda minha vida,amarela com manchas verdes radiantes, uma beleza que abriu meus olhos, como uma janela e o sol nascendo nela.
Meus olhos já cansados, meus ouvidos desgastados,apreciaram aquilo, de uma forma tão intensa, que resolvi mudar, resolvi finalmente viver , em paz, em harmonia, pensei logo, queria ir morar no campo, e sorrir todos os dias, ao ter em vista tais lindas criações, como um simples e delicada flor.
Não demorou muito, estava deixando a cidade, olhei minha casa, toda bagunçada, papéis, um barulho horrível vindo das ruas, que já não me deixavam dormir, a janela ,ao olhar, uma visão do caos, definitivamente eu estava pronto para ir.
Esperei apenas o tempo da reforma da casa,não via a hora de descansar a mente, procurar paz interior, quem sabe até ,não descubro mais coisas sobre mim, pois terei tempo para refletir sobre a vida, sobre mim, penso até em constituir uma família.
Brincar com as crianças, fazer passeios á cavalo, subir em árvores,dar e receber muito amor e carinho. Nessa fase da minha vida, é isso que quero.
Uns meses depois, de espera ansiosa, eu estava no trem, a caminho de uma nova vida, que eu poderia amar, como também, não aguentar.
Olhando pela janela aberta, podia sentir o vento em meu rosto, trazendo uma sensação de alívio, alegria, fiquei criando momentos que gostaria de viver , num lugar novo, e misterioso.
Estava tão admirado com minhas fantasias,que nem notei a linda mulher,sentada ao meu lado,morena,de cabelo enrolado,e olhos verdes radiantes, observando tudo ao nosso redor.
Por um instante,perdi todas as imagens e palavras, que poderiam estar em minha mente ao olhar tamanha beleza,bem perto de mim.
Ela retribui meu sorriso sem graça, e incrivelmente tivemos uma conversa interessantíssima ao decorrer da viagem,nunca iria imaginar,uma mulher tão sábia, e delicada em suas palavras e gestos, e a coisa mais fantástica, e ironicamente doce, seu nome, Flor.
Lembrei –me do motivo que me fez mudar para o campo, aquela linda flor,no meio da cidade,e meu coração sentiu algo ,que nunca tinha sentido antes.
A viagem estava ótima, mas chegamos ao nosso destino, eu iria para meu novo lar, e ela, iria trabalhar com flores no jardim de uma casa, sua paixão, o que honra o nome dela.
Apareceu um homem, puxando ela depressa para longe de mim, ele parecia com muita pressa, dizendo que eles precisavam ir logo, e duramente,aquele instante em que ela foi se afastando, sem poder lutar contra os braços, bem mais fortes do que os dela, nos olhamos,penso que com o coração partido, pois certamente nunca mais iríamos nos ver outra vez.
Arrasado com aquele episódio, eu estava indo para casa, isso me animava, e muito, esperei ansioso por esse momento, e quando cheguei, fantasticamente,era tudo que eu esperava, e mais um pouco, ela estava muito mais bonita do que antes.
A estradinha antes de chegar, já era linda, com árvores lindas , muitas flores, o céu estava azul, e o sol ameno, uma brisa vindo em meu rosto, e quase achei que tivesse morrido, e ido para o paraíso.
A casa era perfeita, de madeira, com um deck para uma vista linda das montanhas, pois ela ficava em uma das partes mais altas da cidade.
Dentro dela, tudo diferente, mas com muito mais beleza e tranqüilidade, eu não acreditava no que estava vendo.
Deixei minhas malas no quarto,para que pudessem arrumar tudo para mim, ainda alguns empregados estavam ajeitando os últimos detalhes, e então fui dar uma volta pela área da casa, que estava com mais plantas, flores lindas, era um campo muito grande, e nas redondezas, tinham cachoeiras, e lagos.
Estava andando ,pensativo ,quando olhei um pouco á minha frente, o sol brilhava sobre uma pessoa,mexendo nas flores, fui me aproximando, e assim que ela olhou para mim, fiquei paralisado, e então, um sorriso iluminou mais que o próprio sol, era a Flor.
O que ela estava fazendo ali, no meu jardim?Bem a minha frente, não podia ser melhor, aquele sentimento dentro do meu coração, se intensificou, e eu não entendia o porque.
As imagens criadas por mim, o tempo todo,em que sonhei com uma vida perfeita no campo, com tranqüilidade, amor e carinho, e alguém em minha vida,completando o vazio dentro de mim, elas se tornaram realidade a partir daquele momento.
Misteriosamente,nosso amor nunca falou, ele apenas nos uniu, estranha e fortemente,não demorou muito para que o conto de fadas ,virasse realidade.
E nunca vou esquecer a flor ,que estava em seu cabelo perfeito aquela linda tarde, lá estava, a flor mais linda que tinha visto em toda a minha vida,amarela ,representando a luz em minha vida,com manchas verdes radiantes, representava os olhos da minha amada,a visão que eu teria em meus olhos, até o ultimo dia da minha vida.
E foi assim, minha vida se transformou, tivemos uma filha maravilhosa, que completou nosso jardim, Jasmim.
Texto feito por: Angélica Alexandre Basilio, RA: 09204625
Henri Matisse

Henri Matisse nasceu na França, Le Cateau-Cambrésis, em 1869. Aos 21 anos, começa a pintar durante o periodo da convalescença.
Estudou com Bouguereau na Academia Julian, em Paris. De 1892 até 1897, estodou com Gustave Moreau na escola de Belas Artes e la conheceu Marquet, Camoin e Rouault.
Em 1899, foi trabalhar na Academia Carrière e la conheceu Derain e Puy onde estao, completou o grupo chamado de Fauves, que futuramente seriam conhecidos.
No ano de 1904, sua primeira exposiçao em Ambroise Vollard nao obteve muito sucesso, entao no ano seguinte, junto ao seu grupo, expôs no salão de Paris onde foram reconhecidos como Fauves. Matisse era o líder e com a reputaçao internacional que adquiriu, expos tambem na Alemanha.
Em 1908, fundou para uma seleçao de estuantes a Academia Matisse e publicou “Notas de um Pintor”, onde estavam sua crenças atisticas.
Desde 1904, no sul, em Saint-Tropez e Collioure e mais tarde na Espanha, Matisse trabalha part de cada ano e depois de 1916, passa a maioria dos invernos em Nice, e entao no ano de 1954, no suburbio de Nice, Cimiez, Matisse morre.
Matisse mesmo nunca ter se juntado aos Cubistas, sofreu influencias do grupo. Nos anos de 1913 a 1917, sua pintura era um pouco austera, com formas geometricas e linhas retas. Depois seu estilo foi se tornando mais solto, sendo seus principais temas as figuras femininas e o interior, com cores decorativas e estilo livre.
Matisse nao fez apenas pinturas, produziu esculturas, na qual sua admiraçao pela Arte Primitiva estava mais aparente. Em alguns trabalhos ele explora o solido, aspectos estruturais do corpo com um certo xagero afim de alcançar uma clara expressao da forma.








Estilo artístico de Matisse:
Quando começou, Matisse tinha estilo tradicional, porém, apartir de 1907 passa a pintar no estilo fauvista. Ele usava as cores como destaque em suas obras e tambem utilizou varios formatos em suas obras. Depois passa a simplificar e excluir detalhes de suas pinturas buscando passar equilibrio e tranquilidade em suas obras, trabalhando a organizaçao estrutural e também, trabalhou, em alguns quadros, com a sensação de bidimensionalidade, eliminando a profundidade, usando a mesma intensidade cromática em suas obras.

Principais obras de Matisse:

Place des Lices, 1904





















Odalisca, 1923
















Música, 1910




















Mulher lendo, 1894









Mulher com chapéu, 1905




Mesa de jantar, 1897







Madame Yvonne Landsberg, 1914






Retrato de Madame Matisse, 1905








Janela aberta, 1905









Harmonia em vermelho, 1908










Carmelina, 1903










Arquitetura Neoclássica

A ARQUITETURA NEOCLASSICA

A transformação da arquitetura barroca para a arquitetura neoclássica em 1750 à 1900 aconteceu em meio a transformações sociais ocorridas com o iluminismo, com a revolução francesa, entre outras que garantiram novos ideais da época como a retomada a equilibrada e democrática antiguidade clássica, teve início na França e na Inglaterra sob a influência do arquiteto Palladio.
No Barroco a natureza era integrada a arquitetura como um ornamento, portanto agora essa forma de constituir arquitetura foi substituída por uma separação que distanciou o homem da natureza Os artistas neoclássicos queriam substituir a trivialidade do barroco e rococó por um estilo lógico, de tom solene e austero. O Neoclassicismo foi concebido por duas razões: a primeira foi o avanço do homem em controlar a natureza e a segunda foi uma mudança na maneira de pensar do homem como conseqüência as transformações que ocorriam naquele momento que originaram uma nova cultura apropriada para ao estilo de vida burguês, já q a aristocracia era decadente as encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. Neste contexto houve o estimulo da maior produção e novos conhecimentos que despertaram novas instituições técnicas e também o aparecimento de ciências humanistas do Iluminismo. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Romana.
Então os arquitetos procuraram reavaliar a antiguidade sem simplesmente copiar, com a ajuda da arqueologia foram feitas escavações na Grécia e Roma, então arquitetos, pintores e escultores encontraram um modelo para seguir e obedecer aos princípios básicos dessa arte, ,assim foi possível a realização da obra de um arquiteto chamado Giovani Battista Piranesi que defendia a elevação da arquitetura em seu mais alto nível através dos etruscos e romanos(anteriores aos gregos), essas qualidades adquiriram força graças a infinita grandeza das imagens que retratou.
Na Inglaterra o Paladianismo se inicia com o conde Burlington, mas em 1750 começam a buscar assiduamente a base da arquitetura romana. No final do século XVII Claude Perrault questiona a validade das proporções vitruvianas do modo como elas foram recebidas e apuradas pela teoria clássica. A contestação da ortodoxia vitruviana foi codificada por Cordemoy, o qual substituiu os atributos vitruvianos da arquitetura pelas três características: ordem, distribuição e conveniência que se baseiam na proporção correta do clássico, a sua perfeita disposição e a sua adequação, nisso ele se preocupava com a pureza geométrica e acreditava que as construções em grande parte não pediam ornamento, o abade Laugier reinterpretou Cordemoy e propôs uma arquitetura universal a “cabana primitiva”, a qual consistia em quatro troncos de árvore que sustenta um telhado rústico, as colunas deveriam ser o mais possível fechadas por vidros, e assim Jaques German Soufflot o fez no projeto da igreja de Sainte Geneviève(figura 1), em Paris.
J.F.Blondel, após abrir sua escola de arquitetura em 1743, se tornou o mestre da chamada geração “visionária” de arquitetos” entre eles Ledoux. Blondel no seu curso de arquitetura, refere-se a Sainte Genevieve, outro arquiteto que influenciou o movimento foi Boullée que é autor de edifícios tão vastos que eram impossíveis de serem colocados em pratica, em meio disso a era napoleônica pedia estruturas úteis de grandeza, autoridade e realizadas de maneira mais econômica possível, assim Boullée com seus vastos volumes foi estudado para a obtenção da arquitetura daquela ordem, naquele momento. Ledoux projetou a fabrica de sal semicircular que foi um dos primeiros experimentos de arquitetura industrial, ele ampliou a idéia de uma fisionomia para a arquitetura a fim de simbolizar a intenção social com símbolos convencionais ou isomorfismo.
Assim temos vários exemplos de arquitetos das novas instituições burguesas que sofreram essa transformação, entre eles está Schinkel que foi influenciado pelo gótico com sua experiência na Itália, porém a combinação de idealismo político e orgulho militar exigiu uma busca ao clássico. A linha Neoclássica de Blondel foi retornada em meados do século XIX na carreira de Henri Labrouste, este foi nomeado arquiteto da biblioteca Sainte Genevieve(figura 2) em Paris, essa obra implicava em uma nova estética, cujo potencial só seria realizado na obra construtiva do séc. XX. Em meados do séc XIX o neoclássico se dividiu em dois, o classicismo estrutural(de Labrouste) e o Romântico( de Schinkel), a primeira se concentrou em obras como prisões, hospitais, estações ferroviárias e a outra em museus, bibliotecas,etc. temos um exemplo do classicismo estrutural com Auguste Choisy com seu Tratado da arte de construir, também tinha sua concepção gráfica que era compreendida em planta, corte e elevações, a qual foi apreciada pelos pioneiros do Movimento Moderno na virada do século. Choisy encontra seu paralelo na caracterização do dórico com estrutura de madeira transposta para a alvenaria, o mesmo foi praticado pelo seu discípulo Perret que detalhou suas obras de concreto armado no estilo tradicional da madeira. Julien Gaudet que em seu curso Elementos e teoria da arquitetura influenciou Perret e Garnier na escola Beaux Arts, com eles os princípios da composição elementarista clássica passaram aos arquitetos pioneiros do século XX.


Arquitetura neoclassica em São Paulo

Construçoes à moda das construçoes em estilo romano e grego.



Museu da Caxa.












Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo em 1911. A fachada foi tombada pelo patrimonio historico e linhas classicas caracteristicas do centro historico de sao paulo.

Elementos neoclassicos:
- colunas
- arcos romanos
- frontao encimando a fachada



Pinacoteca.








Projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo em 1895.
Caracteriza-se por suas amplas janelas, colunas, plastras e paredes de tijolos sem revestimento que deixam transparecer a tecnica construtiva.

Elementos neoclassicos:
- colunas
- cornijas
- frontao encimando a fachada


O geometrismo costumeiro do movimento neoclssico aparece em sao paulo no fim do sec. XVIII.
Frontoes, cornijas, colunas e pilastras surgem, junto com o rigor da simetria.

Outros exemplos:




Catedral da Sé.







Estação da Luz.
Teatro Municipal.