quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ramos de Azevedo



Ramos de Azevedo Nasce a 08 de dezembro de 1851 na cidade de São Paulo,o primeiro filho de Anna Carolina de Azevedo e do Major João Martins de Azevedo. Frequentou o curso de artilharia da Escola Militar do Rio de Janeiro. Em 1872, interrompeu os estudos e começou a trabalhar na área da contrução civil, participando dos trabalhos construção das primeiras secções das Companhias Paulista e Mogyana de Estradas de Ferro.

Casado com D. Eugenia. Em 1880 havia contraído matrimônio e dessa união resultaram três filhos.

Foi morar no exterior com o intuito de instruir-se na École Speciale du Génie Civil et des Arts et Manufactures Annescée da Universidade de Gand, na Bélgica. Onde estudou engenharia, empenhando-se ainda em assuntos relativos à arquitetura, tanto que em 1878 teve seus desenhos expostos na Exposição Universal de Paris. Logo, mostrou-se muito aplicado: a sua excelente capacidade em desenho lhe rendeu elogios do diretor da Universidade. Finalmente graduado, em 1886 retornou a Campinas.

Durante cerca de sete anos trabalhou em Campinas e nas cidades dointerior ganhando reputação de competência. Suas obras mais importantes são a finalização da Catedral de Campinas (1883), o projeto da Escola Ferreira Penteado (1880), e diversas residências. Transfere residência para São Paulo (1886), quando realiza seu primeiro projeto de um edifício público, o prédio do Tesouro (1886-91), ao qual seguem-se: Quartel da Polícia (1888), na Luz; Escola Normal (1890-94) e do Jardim da Infância (1896), na Praça da República; Secretaria de Agricultura (1896), no Pátio do Colégio; Escola Prudente de Moraes (1893-95); Escola Politécnica (1895); Liceu de Artes e Ofícios (1897-1900); Teatro Municipal de São Paulo (1903-11),Edifício José Paulino Nogueira, entre outras obras.

Sua carreira profissional teve, assim, dois veios que se complementavam: o de engenheiro e o de docente da Escola Politécnica de São Paulo, onde como em um crescente, tornou-se professor, depois vice-diretor e, por fim, diretor. Foi uma vida dedicada tanto ao âmbito acadêmico, quanto às construções que tomavam parte do então vigente modelo de reformas da capital paulistana, cujos empreendimentos urbanísticos e empresariais aumentavam ao sabor do rendimento da produção cafeeira e do paulatino fortalecimento de um Estado que se tornava rico em termos econômicos, de poder e cultura erudita de ares europeus que inundava o gosto da elite.

O Escritório técnico de Ramos de Azevedo, situado na Rua Boa Vista, tornou-se famoso não apenas pelas obras que realizou, mas principalmente, pelo numeroso grupo de engenheiros e arquitetos que, em conjunto, trabalharam sob sua direção. Podemos citar: Krugs, Vitor Dubrugras, Rossi, Borioli, Albuquerque, Toledo, Anhaia Mello e tantos outros.



O Teatro Municipal (1903-1911)


Os edifícios públicos, institucionais e privados projetados por Ramos de Azevedo tem características que os diferenciam das obras de outros arquitetos contemporâneos que atuavam na cidade de São Paulo, como: coerência e unidade ao conjunto da obra; utilização de alvenaria de tijolo armado; os espaços organizados de acordo com a utilização prática, levando em consideração o funcionalismo e articulação. Em se tratando de uma obra residencial, Ramos atuava com mais liberdade formal e estilística, levando em consideração o conforto, salubridade, iluminação, zoneamento das áreas (distinção entre o privado, o social e o serviço), e distribuição das peças .O modelo arquitetônico que Ramos de Azevedo implantou em São Paulo possibilitou sua integração aos programas e modelos mais importantes do século XIX. Os hospitais, asilos, quartéis, escol

as, institutos, matadouros, edifícios públicos e residências constituem, para a época, modelos que respondem à necessidade de modernização. Um estilo voltado às técnicas e aos materiais do mundo industrial do século XIX. Seus edifícios são decorrência direta de um cuidadoso conhecimento e estudo técnico-científico, racionalidade, arte a serviço da utilidade e funcionalidade.


Liceu de Artes e Ofícios (1897-1900) Hoje é a Pinacoteca do Estado.

Caracteriza-se por suas amplas janel

as, colunas, pilastras e paredes de tijolos sem revestimentos que deixam transparecer a técnica construtiva.

“Ramos de Azevedo gostava de lecionar, como se o ensino fosse uma religião. Sua obsessão positivista era transmitir conhecimentos visando o aprimoramento da sociedade.

Amante do ofício, o diretor por vezes chegou a investir com seu próprio dinheiro em novas tecnologias - o aparelhamento do Laboratório Tecnológico (hoje IPT) é exemplo deste feito.


Em 25 de janeiro de 1934, seguia-se outra homenagem: o Monumento Ramos de Azevedo, inaugurado a 25 de janeiro de 1934, localizado então na Avenida Tiradentes, e posteriormente transferido para a Cidade Universitária onde hoje se encontra em destaque na frente a atual sede da Escola Politécnica e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo.








Ramos de Azevedo morreu em Santos a 13 de junho de 1928.















Algumas Obras Realizadas Pelo Escritório Técnico Teatro Municipal

de São Paulo (1903-1911)

Edifício Mackenzie (Light)

Secretaria da Fazenda (1886-1891) (Pátio do Colégio)

Mercado Municipal da Cantareira - 1933 (firma F. P. Ramos de Azevedo Severo e Villares)

Trianon (1916) - W. Luiz (demolido)

Palácio das Industrias no Parque D. Pedro II. ( Obra inspirada no Instituto Mackenzie

de Gênova inaugurado em 29 de

abril de 1924 pelo presidente Washington Luiz.

Escola Politécnica (1895-1897) (hoje edifício Paula Souza)

Santa Casa de Misericórdia

Estação Júlio Prestes - (hoje Secretaria de Estado da Cultura) Edifício José Paulino Nogueira, Largo Paissandu,72

Grupo Escolar Rodrigues Alves (1919)

Prédio dos Correios (1922)

Prédio da Eletrotécnica (hoje Prédio Ramos de Azevedo, sede desde 1996 do DPH)

Instituto Pasteur (1903)

Casa das Rosas (1935)

Liceu de Artes e Ofícios (1897-1900) (hoje Pinacoteca do Estado)

Antigo Prédio do DEOPS (construído a partir de 1914)

Portal do Cemitério da Consolação


Feito por Rafaela Custódio














A espera de Jacintos

Quando criança observava com meu pai os belos campos arborizados meio as histórias de antepassados que semearam e protagonizaram aquelas cenas.
O sol nas campinas, os rios de águas claras e a contemplação do silêncio se entrelaçavam com as hamoniosas melodias dos pássaros.
No entanto, assim como o encanto da minha infância desaparecia, as belas imagens do meu vale acompanhavam tal decadência em ritmo acelerado.
As árvores eram substituídas por postes, a luz da lua que me encantava agora era ofuscada pelas lâmpadas que cada vez mais aumentavam de intensidade e quantidade.
As belas casas espaçosas e harmoniosas se transformavam em lugares apertados e dinânicos, enquanto os pássaros eram substituídos por outros animais cada vez mais "civilizados" e menos humanizados.
Hoje, assim como minha juventude, a beleza das imagens também se foi.
Os "civilizados" transformaram os rios de águas claras em esgotos a céu aberto; o verde que agora vejo são de fachadas de construções desordenads e cada vez mais espero que antes de partir possa encontrar mais Jacintos e menos "civilizados".

Feito por Rafaela Custódio.
Me chamo Rafaela Custódio, sou paulista, nasci em Catanduva, interior de São Paulo e moro Catanduva desde que nasci, meu sonho é ser arquiteta. Tenho 18 anos e ja tive algumas experiências em arquitetura, pois fiz um curso de Edificações no Elias Nechar em Catanduva, me identifiquei muito com o curso. Vim para São Paulo estudar na Anhembi Morumbi e realizar meu sonho de ser uma ótima arquiteta.