quarta-feira, 18 de novembro de 2009













A espera de Jacintos

Quando criança observava com meu pai os belos campos arborizados meio as histórias de antepassados que semearam e protagonizaram aquelas cenas.
O sol nas campinas, os rios de águas claras e a contemplação do silêncio se entrelaçavam com as hamoniosas melodias dos pássaros.
No entanto, assim como o encanto da minha infância desaparecia, as belas imagens do meu vale acompanhavam tal decadência em ritmo acelerado.
As árvores eram substituídas por postes, a luz da lua que me encantava agora era ofuscada pelas lâmpadas que cada vez mais aumentavam de intensidade e quantidade.
As belas casas espaçosas e harmoniosas se transformavam em lugares apertados e dinânicos, enquanto os pássaros eram substituídos por outros animais cada vez mais "civilizados" e menos humanizados.
Hoje, assim como minha juventude, a beleza das imagens também se foi.
Os "civilizados" transformaram os rios de águas claras em esgotos a céu aberto; o verde que agora vejo são de fachadas de construções desordenads e cada vez mais espero que antes de partir possa encontrar mais Jacintos e menos "civilizados".

Feito por Rafaela Custódio.

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