segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Crônica

Depois que a chuva destruiu tudo que eu tinha, minha família, minha casa, meus pertences, vim para as Serras, na casa de meu tio Jacinto. Eu morava em um barraco, no Rio de Janeiro, este possuía apenas um quarto onde dormia eu meus pais e minha irmã mais nova, não tinha cama, nem sofá e as vezes nem o que comer, mas todas as tardes eu via o por do sol da laje, me trazia paz e agora nem isso eu posso ter mais. A cidade é pequena, envolta por montanhas, muito verde e animais. Me instalei na casa de meu tio, passaram dias e nada diferente aconteceu, comia, dormia e ajudava minha tia com as tarefas domésticas. Um belo dia decidi dar uma volta pela mata com o Totó (cachorro da minha tia), foi então que conheci Joaninha, o vento batia em seus cabelos dourados, sua pele bronzeada do sol e seus lábios rosados, ela gostava de passear pela mata e passei e passear com o Totó todos os dias, nos tornamos muito amigos e um dia ela decidiu me levar em um lugar, era aproximadamente uma hora de caminhada.

Logo que chegamos, um rio “reluzia um pedaço de azul lavado e lustroso, e a grossa camada de nuvens já se ia enrolando sob a lenta varredela do vento”, nós nos olhamos profundamente, trazendo a paz que pensei jamais sentir novamente. Nós nos beijamos suavemente e percebi uma nova chance de ser feliz, naquele lugar mágico com Joaninha. Nos apaixonamos loucamente e íamos todos os dias aquele lugar, quando recebi uma proposta de trabalho no Rio de Janeiro, mas decidi ficar, pois aquele lugar e Joaninha eram minha felicidade e minha paz.



Feito por Gabriela Trotta

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